Monday, December 31, 2012

“FIM DE ANO – MOMENTOS DE REFLEXÕES”

Particularmente gosto muito das festas que antecedem o final de ano onde os maravilhosos enfeites e as luzes reluzentes já encontraram os seus espaços dentro da nossa cultura. Mas o final de ano também é um momento propício para fazermos um balanço da nossa vida e de como esta nossa “empresa” está no mercado dos sentimentos.
Nesta vida tão atribulada, é comum ouvirmos de algumas pessoas assuntos relacionados às preocupações financeiras e assuntos políticos, mas poucos comentários voltados à qualidade dos sentimentos dos que participam diretamente da nossa vida – os nossos familiares e amigos.
Meus Deus onde estão as demonstrações de carinho e atenção entre os casais e seus filhos? O que será que falta para entendermos definitivamente que tudo de material que possuímos um dia não nos valerá de nada, mas sim o respeito a amizade que cultivamos dentro de casa ou no nosso ambiente profissional?
Gosto, sempre que me é oportuno, de lembrar em minhas palestras e consultorias de uma história que resume de forma magnífica o que é realmente importante nas nossas vidas. Esta história conta que certa vez o anjo da morte visitou um casal de idade muito avançada interrompendo de forma inesperada uma união que já ultrapassara as suas cinqüenta primaveras. Enquanto o padre fazia as suas considerações finais nos momentos que antecediam o sepultamento da mulher, o homem pálido e visivelmente abatido murmurava palavras desconexas enquanto era a todo o momento amparado por seus filhos. De tempos em tempos ele deixava escapar palavras carregadas de tristezas e de forma que pudesse ser ouvida claramente pelos presentes: - “AH! COMO EU A AMAVA!”. Imediatamente seus filhos, talvez com medo de algum escândalo por parte de seu pai, corriam ao seu encontro com palavras de consolo: - “Calma pai nós sabemos dos seus sentimentos para com a mamãe!”, mas somente conseguiam abafar momentaneamente os sentimentos do velho pai sem conseguir evitar que dali alguns instantes, entre um soluço e outro, o “AH! COMO EU A AMAVA!” voltasse a interromper as pequenas frações de silêncio que se fazia presente entre uma palavra e outra do padre.
Não havia entre as pessoas que ali se encontravam, quem não se emocionasse com tamanha demonstração de amor daquele homem para com a companheira que experimentava a viagem que nem todos estão preparados para fazer. “AH! COMO EU A AMAVA!” repetia o velho homem, até que em certo momento com a voz embargada de lágrimas gritou em voz alta: “AH! COMO EU A AMAVA... E QUASE EU DISSE ISSO PARA ELA”.
(...) Não percamos mais tempo caros amigos leitores, vamos dizer “EU TE AMO” sem economia e demonstrar os nossos sentimentos de “querer bem” para com os que torcem e vibram pelo nosso sucesso. A vida passa muito rapidamente e não podemos deixar de aproveitar todos seus os momentos transformando-os em verdadeiros presentes para o nosso coração.
Um grande abraço, muita paz e boas festas! Que o término deste ano seja o início de uma nova etapa em sua vida recheada com desafios transformados em oportunidades pelas suas atitudes positivas.

Por: Marcos Ângelo Alves
(Escritor, palestrante motivacional e consultor comportamental)

Monday, December 03, 2012

“TRANSFERINDO SONHOS”

Conheci certa vez um rapaz que cursava o último ano de Relações Públicas e que em um bate papo informal me confidenciou o quanto gastava e se identificava com o que estava fazendo. Porém um fato me chamou a atenção naquele nosso diálogo... alguns anos antes, ele estava no terceiro ano de Engenharia, mas desistiu por não estar gostando do que fazia. No início pensei “com os meus botões” que um planejamento bem feito ou um teste vocacional pudesse ter evitado todos aqueles anos os quais ele havia passado em uma faculdade e em um curso que não o realizava. Somente depois de um pouco mais de diálogo vim a descobrir que ele estava realizando um velho sonho de seu pai: “Ter um filho engenheiro”.
Ao exercermos o papel de pais e orientadores, podemos, se não tomarmos cuidado, cometer terríveis falhas, como no caso acima o de “querer transferir os nossos sonhos”. É muito comum escutarmos certos comentários de jovens casais, que ainda no período de gestação do esperado filho, demonstram querer planejar o seu futuro, os seus gostos, a sua profissão, etc. com a louvável intenção de evitar o máximo possível as decepções e dificuldades que certamente encontraram vida a fora, mas que tem o seu lado positivo na formação de seu caráter. E nessa tentativa errônea, de fazer com que o filho se torne aquilo que ele, talvez por falta de oportunidade, perseverança, etc., não conseguiu, acuamos os seus sentimentos, os seus sonhos e o verdadeiro motivo pelo qual veio à vida. Muitos pais se acham no direito de exercer sua vontade sobre os filhos, se esquecendo que “não somos seus pais”, mas que sim “estamos seus pais”, com a sublime missão e a responsabilidade de conduzi-los até certo ponto, tendo como base as nossas experiências, acertos, erros e os conceitos adquiridos nesta grande escola chamada VIDA.
Devemos então como pais e responsáveis pela educação de nossos filhos (consangüíneos ou não), passar os verdadeiros valores e a importância do “SER” alguém de bem, responsável, respeitoso quanto aos sentimentos alheios, amável, educado, honesto, ético, etc. e não do somente “TER” alguma coisa material. Pois o primeiro (SER) tem uma grande longevidade, ao contrário do segundo ponto (TER) que tem um tempo de vida curto; tão curto quanto dure a matéria.
Há muitos profissionais hoje em dia que não exercem as suas funções com a qualidade esperada pelo mercado, devido ao fato de não terem conquistado os seus sonhos, mas sim, os de outras pessoas. São pessoas infelizes, frustradas e que carregam em seus ombros um pesado fardo, que gradativamente, com o passar do tempo, possui a tendência de se tornar ainda mais incômodo.
Entender e aceitar que cada um possui uma natureza intrínseca, com seus respectivos sonhos e objetivos, nos ajuda a tomar os cuidados necessários para aprendermos a respeitar a liberdade de escolha dos nossos filhos e auxilia-los com todos os cuidados necessários para a consumação de suas conquistas. E quem sabe... depois de vê-los felizes, partirmos para a conquista e a concretização dos nossos próprios sonhos. Está achando que é tarde para você? Pois pode ter a certeza que não o é! Basta você reviver os seus sonhos
com a mesma intensidade de outrora, acreditar em você mesmo e partir AGORA!, NESTE EXATO MOMENTO!, para a sua conquista. Afinal, como diz Geraldo Vandré em sua eterna obra: “QUEM SABE FAZ A HORA NÃO ESPERA ACONTECER”.
Pense nisso!

Por: Marcos Ângelo Alves
(Escritor, palestrante motivacional e consultor comportamental)