Tuesday, May 21, 2013

O PODER DAS PALAVRAS

Uma das mais belas faculdades do homem é a de conseguir emitir um conjunto de sons articulados, de uma ou mais sílabas, com uma significação e que corretamente combinados e ordenados levam até o seu receptor a mensagem desejada. Neste meu trabalho de proferir palestras motivacionais percebo a extensão da responsabilidade que tenho ao fazer as minhas colocações, pois posso, dependendo do teor das minhas palavras, conquistar o meu público ou por outro lado, se mal formuladas, despertar a antipatia em relação à minha pessoa e conseqüentemente não atingir os objetivos propostos no início do meu trabalho.
As palavras de um modo geral, tem a capacidade de nos aproximar ou de distanciar do nosso destino quando usamos deste nosso “dom” sem a devida atenção quanto ao seu poder. Podemos escolher lançá-las a esmo, sem pesarmos cuidadosamente os seus maléficos efeitos ou então nos atentando quanto a sua qualidade observarmos e confirmarmos que a mesma pode interferir positivamente no nosso destino.
Diz um ditado oriental, com muita sabedoria, que uma pedra atirada, uma flecha lançada e uma palavra proferida não tem mais volta. A veracidade destes dizeres pode ser observada na própria história da humanidade, onde o uso indevido da palavra mudou totalmente o curso de algumas, levando-as a finais catastróficos.
Muitas vezes perdemos grandes oportunidades, de motivarmos as pessoas que trabalham e que lutam do nosso lado por economizarmos (não sei porque) das boas palavras.
Só para ilustrar, me lembrei de um fato que certa vez presenciei e com o qual eu pude tirar uma grande lição. Próximo de minha casa havia um pequeno restaurante no qual certo domingo resolvi ir almoçar. Cheguei, fiz o meu pedido e enquanto aguardava fiquei observando o local e principalmente (talvez por ser um consultor comportamental) a forma como o dono do estabelecimento tratava os seus colaboradores e em especial uma certa cozinheira. Confesso que fazia tempo que não via, ou melhor, não ouvia palavras tão grosseiras dirigidas a um ser humano; por um momento quase senti vontade de intervir a favor daquela pobre senhora, mas felizmente me contive por primeiramente não ter sido solicitado a minha opinião e em segundo lugar pelo fato daquela senhora ser nada mais, nada menos do que a esposa daquele senhor. Me retirei daquele restaurante com uma péssima impressão, com a promessa de nunca mais voltar ali com uma importante lição aprendida: “Cuidar da qualidade dos meus pensamentos antes de deixá-los sair pelos meus lábios em forma de palavras”.
Podemos perceber que a “coisa” é muito mais séria do que pensamos e que aquelas histórias do tipo: “Há! Eu não pensei para dizer isto!” ou “Eu não queria falar aquilo!” é para “boi dormir”; pois ninguém em seu juízo perfeito, fala sem pensar.
Reflita sobre tudo isso! E cuidado com as suas palavras, pois tanto elas podem CONSTRUIR quanto DESTRUIR.

Por: Marcos Ângelo Alves
(Escritor, palestrante motivacional e consultor comportamental)

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